São Paulo: (11) 4200.1344

  Rio de Janeiro: (21) 3528.7861

Autistas ainda lutam por direitos mínimos de diagnóstico e tratamento

PorCarolina Dunna

Autistas ainda lutam por direitos mínimos de diagnóstico e tratamento

No ano em que a Lei 12.764/2012 (que instituiu a Política Nacional de Proteção dos Direitos das Pessoas com Transtorno do Espectro Autista) completa dez anos de vigência, verificamos que grande parte da população autista ainda permanece sem acesso aos seus mínimos direitos.

Apesar de o art 2, III da lei 12.764/2012 prever, dentre outras diretrizes da Política Nacional de Proteção dos Direitos da Pessoa com TEA, a atenção integral às necessidades de saúde da pessoa com transtorno do espectro autista, objetivando o diagnóstico precoce, o atendimento multiprofissional e o acesso a medicamentos e nutrientes, a realidade é bem diferente.

A dificuldade começa ao buscar uma avaliação médica para obtenção do diagnóstico e continua ainda com a ausência de tratamento especializado tanto no sistema público de saúde como nas redes credenciadas aos planos de saúde. Para garantir o acesso aos direitos previstos tanto na lei 12.764/2012 como na lei brasileira de inclusão – lei 13.146/2015, assim como no próprio Código de Defesa do Consumidor, os familiares dos autistas tem procurado a justiça, pois somente com a judicialização de seus direitos conseguem acesso a um tratamento eficaz e intensivo.

Apesar da recente discussão travada no Superior Tribunal de Justiça sobre a natureza do rol da ANS, a MSA Advogados tem trabalhado para algumas famílias nesse sentido e conseguido êxito nas ações contra os planos de saúde para garantir aos autistas tratamento solicitado por seus médicos e assim, garantir a estes indivíduos a chance de desenvolver suas habilidades cognitivas e psicossociais.

Buscamos assim defender os direitos fundamentais das pessoas autistas, que são constantemente violados, e desta forma possibilitar que no futuro tenham uma vida funcional e independente.

Sobre o autor

Carolina Dunna author

Advogada desde 2001. Graduada pela Universidade Cândido Mendes, Pós-graduada em Direito Tributário pela Universidade Cândido Mendes, Extensão em direito pela Escola de Magistratura do Estado do Rio de Janeiro – EMERJ, Pós-graduanda em Direito Médico pelo Instituto Paulista de Direito Médico e da Saúde – IPDMS, Mestranda em Direito pela Universidade Estácio de Sá – UNESA. Conselheira do COMDEF – Conselho Municipal dos Direitos das Pessoas com Deficiência. Presidente da CDAF - Comissão dos Direitos dos Autistas e seus Familiares da OAB/RJ. Atua nas áreas de Direito Médico e Proteção aos Direitos das Pessoas com Deficiência. E-mail: carolinadunna@advmsa.com.br

Deixe uma resposta